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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Quem tem amigos, tem tudo...

Olá  leitores!

Bom, alguns de vocês souberam que fiz anos esse mês. Mais uma vez, esta capricorniana soprou as velinhas, feliz da vida.

Eu sei que muita gente, depois dos 20, nem gosta de celebrar o próprio aniversário mas acho que é uma data feliz, não importa o quão confusa sua vida possa estar ou quão mal-humorado/a você esteja (ah, os inferno astrais...) porque se você parar para pensar, é um momento de renovação e reestruturação. É tempo de re-harmonizar o que desequilibrou, reavaliar o que foi feito, com uma crítica honesta (nem tanto ao mar, nem tanto a terra). É tempo de crescer! Tempo de lembrar que a gente não é eterno e que o momento de fazer o bom e o bem, é agora. É amadurecer para o que é construtivo. É o cultivo de pessoas fantásticas ao seu redor e libertação de quem não te acrescenta, inspira ou faz bem! 

E ai, resolvi dedicar este post às amigas e amigos que me rodeiam e me fazem crer nas coisas mais positivas deste mundo. 

Não estou falando das pessoas que se fazem amigas por conveniência, que só aparecem quando querem saber alguma fofoca, ou te usar para chegar em alguém ou em algum lugar. Aquelas que usam o seu tempo para se lamentarem mas nunca se lembram de perguntar sobre você. Aquelas que exigem que você use todo o seu conhecimento sobre a arte de parecer idiota para tornar possível a convivência. Não é dessas pessoas que a gente se lembra quando deseja escrever sobre amizade.

E se me lembro delas, é pra lhe dizer que foi convivendo muito com pessoas assim que me tornei capaz de distinguir quem passa e quem fica. 

Ah, as amigas...o que seria da vida sem elas, sem eles! Meus amigos, tao desbravadores...alguns se tornaram respeitáveis (mas eu conheço os meninos tristes, ressentidos, com uma sede insaciável de provar o próprio valor que se escondem por ali), e outros continuam suando na luta pela sobrevivência (e são os que têm os sorrisos mais abertos). 

E as meninas..nossa, tanta história...e tanta história sendo escrita, tanto afeto sendo alinhavado nesses caminhos, tanto aprendizado sendo compartilhado...especialmente a lição sobre confiança e sororidade. Aos pouquinhos, vai acontecendo. 

Essas pessoas são presentes que Deus nos dá. Amigo cuidado com zelo e amor, é presença mais estável na vida que muito parente - visite um abrigo para idosos e pergunte quem ali não tem cônjuge, filho ou irmãos! A maioria tem. 

Amigo é amor escolhido a dedo. É amor que não morre, a menos que você não saiba amar. E eu sou gratissima pelo amor que aprendi a dar e a receber nesta vida. 

Espero que você também aprenda a dar e a receber amor, porque, no fundo, todos nós merecemos e precisamos. 

Beijos, 

Mariana Mendes 💖



terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Qual é a legenda?

...Sem amor, eu nada seria...

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Toma essa Poesia!



Gente, Renato Russo tinha uma inspiração tão fantástica! Essa música me lembra meus tempos de colégio - olhando de hoje, parecia muito bom, mas na época, eu me refugiava nessas letras, logo, não devia estar tão divertido assim, haha. 

Vamos ter muito pra conversar sobre a banda, aguardem! 


Beijos, 

Mariana Mendes 💖





terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Um filmaço chamado A Época da Inocência


Se vocês leram a resenha de A Época da Inocência, a história não é segredo. Mas aqui, vou me deter sobre o filme, que estreou em 1993, sob uma direção primorosa de Martin Scorcese e um elenco de peso, com Daniel-Day-Lewis, Winona Ryder e Michelle Pfeiffer nos papéis de Newland Archer, May Wallace e Condessa Madame Ellen Olenska, respectivamente.

A cena inicial é num teatro - nada mais adequado. Todos ali estão focados uns nos outros e em suas aparências cuidadosamente construídas.

Newland Archer e May Wallace formam o casal perfeito; ele, muito altivo na figura de Day-Lewis, ela, angelical, na pele de Winona Ryder. Em contrapartida, Madame Olenska é apresentada com um belíssimo vestido azul vivo e a diferença entre os vestidos das duas personagens principais já dá uma ideia da situação. Olenska fugiu do marido e deseja se divorciar. Wallace é uma noiva virginal que tem beijos roubados candidamente por seu principesco noivo.

O filme, que segue fiel ao livro, guarda uma forte crítica ao julgamento da mulher que nãos segue os rígidos padrões tradicionais. Quem saía da linha era punida com uma "erradicação" social. Nenhum convite era feito, nenhum convite era aceito. E assim, se colocava a mulher "rebelde" em um lugar de ostracismo, silêncio e escuridão. 

Porém, essa situação começa a incomodar Archer, que começa a questionar os motivos da condenação à madame Olenska. 

Temos dois diálogos muito claros a esse respeito. No primeiro, Archer está jantando com sua família e sua mãe e irmã criticam tudo que Ellen Olenska faz, usa ou diz. 

Archer: "Ela teve uma vida infeliz, isso não a torna uma marginal."
Sr. Archer: "Certamente é essa a desculpa que sua família vai dar." 

Archer se vê cada vez mais impelido a dar suporte à madame Olenska - a princípio por sentir que sua má reputação poderia lhe atrapalhar o casamento; depois, por se solidarizar com Olenska. May Wallace, inclusive, o apoia em seus esforços para animar madame Olenska - mas engana-se quem pensa que sua condescendência se deva a inocência ou extrema bondade. May sabe perder batalhas para ganhar a guerra. 


 "Ninguém quer saber a verdade. A verdadeira solidão é viver entre essas pessoas que só querem saber o que você finge ser." (Madame Olenska)


Madame Olenska e Archer acabam se envolvendo - e aqui, o diretor deixa para o público entender o que se passa nos corações dos personagens: eles estão se apaixonando mesmo ou só estão encantados pelo quê o outro oferece (e que eles não encontram entre seus pares?). Porém, Ellen está comprometida em se tornar uma "verdadeira americana" e esquecer sua vida passada e Archer, está jogando sua boa reputação e seu noivado com uma verdadeira dama daquela sociedade - ou seja, nenhum dos dois está em posição de seguir seu coração.

Archer: "Nossas leis permitem o divórcio, mas nossos costumes sociais, não. 
Madame Olenska: "Nunca?"
Archer: "Não se uma mulher tem indícios que sejam, de algum modo, contra ela, já tenha se exposto a comportamento não convencional, insinuações ofensivas..." 

O diálogo em que os dois conversam sobre as consequências do divórcio deixa claro que não há, para nenhum dos dois, alternativa senão seguir o que manda a sociedade: Olenska viver em discrição e Archer se casar com May e ser um advogado, marido e pai respeitável. 

Há um link onde você pode assistir ao filme, em português - mas ele está disponível na Netflix também. As atuações são emocionantes e vale muito a pena assistir ao filme depois de terminada a sua leitura. 

Filme A Época da Inocência: https://drive.google.com/file/d/1kXBPKqiLwwjnPNUb4jEFfBO7Yo5M5cC7/view

Eu sou suspeita para falar desse filme, porque é um dos meus favoritos!
Espero que lhes seja agradável também.

Beijos,


Mariana Mendes 💖




quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Toca da Cultura facilitando a vida do leitor

Oi gente!

Como você já sabe, o @tocadaleitura é um espaço criado para compartilhar leituras e vender os meus próprios livros.  Porém, as coisas estão evoluindo e penso que ter um espaço mais focado nas vendas me deixa mais confortável.

Assim surgiu o @tocadacultura_ onde vou trazer garimpos literários, de artes plásticas, moda e muito mais. Podem contar que vão achar livros novos e de segundos mão super bem conservados, assessórios incríveis, telas lindas, além dos serviços oferecidos, na área da editoração.

Já temos um lote bacana em oferta (inclusive com alguns volumes de Jane Austen, cujo projeto literário começa a partir de Fevereiro, hein?) e estamos para receber o segundo.

Espero que você venha fazer parte do @tocadacultura_, nosso cantinho de consumo consciente.


Beijos,

Mariana Mendes 💖

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Um LIVRÃO chamado A Época da Inocência

Oi gente!

Bom, como eu dizia a você, no @tocadaleitura, A Época da Inocência retrata um tempo que nada tinha de inocente: a sociedade tinha os seus preconceitos, sabia castrar sentimentos e ações que considerava indevidas, sibilava fofocas que construíam ou destruíam reputações dia e noite e muita gente boa foi injustiçada e aprisionada em situações terriveis por não conseguir romper o cerco que lhes era imposto. 

Newland Archer e May Wallace são o símbolo do casal dos sonhos de sua época: ambos vem de boas famílias, são elegantes, equivalentes - bom, cumprem os seus papéis sociais. Nas passagens em que os dois conversam, fica evidente que Archer tolera a superficialidade dos pensamentos e compromissos da jovem noiva como se fosse algo natural de se esperar de uma mulher. 

May, por sua vez, é o fruto do ensino geracional de sua época: a jovem preparada para ser senhora de uma casa tão boa quanto é a de seus pais, esposa, mãe. Ela tem uma ingenuidade cativante e é doce de fazer cair os dentes. 

É nesse cenário perfeito que entra Ellen Olenksa, prima de May Wallace, que veio fugida da Europa, ou melhor, de um casamento cuja intimidade, mencionada rapidamente em diálogos entrecortados, parece absurdo e abusivo. Ela quer se aproximar da família - e não podia ter chegado em pior hora, uma vez que toda boa sociedade está com os olhos sobre os noivos maravilhosos e agora se deleita com a situação escandalosa da ex-condessa. 

Ellen procura, sem muito sucesso, um advogado que cuide do seu divórcio e para evitar que a situação se alongue, Archer acaba se aproximando de madame Olenska a fim de resolver as coisas o mais rápido e discretamente possível.

O problema é que Ellen está aliviada por se livrar do marido inconveniente e deslumbrada com recém nascida Manhattan, cuja modernidade e luz certamente acolherá uma mulher em sua situação. Porém a alta sociedade é sempre rápida e eficiente em mostrar a real situação de madame e é com tristeza resignada que Ellen assiste mulheres de boa reputação evitando sua companhia, famílias de grandes sobrenomes deixando-a de fora de suas listas de eventos sociais e homens de reputação duvidosa tentando se aproximar com a mesma rapidez que homens de boa reputação e/ou casados se afastam - e quando tentam quebrar esse ciclo cruel, só a expõem mais à difamação. Ellen Olenska está enclausurada.

Archer, que ainda consegue se indignar com injustiças do mundo, assiste a tudo sem saber bem o quê fazer, pois ele mesmo é parte dessa sociedade que sabe ser tão agradável e tão cruel. O desamparo sufocante de Ellen vai lhe torcendo o coração e quando dão conta, os dois estão mais envolvidos do que deveriam. 

No entanto, enquanto Ellen e Archer se digladiam entre o amor que sentem e o que ambos sabem que devem fazer, May Wallace, mostra como sua inocência é apenas uma parte da construção feminina ancestral que a blinda e a distingue de mulheres menos afortunadas. May, com toda maestria, espera o momento certo para atacar, sempre docemente, a honra e o caráter de seu torturado marido.  Ela detém as amarras sociais aceitáveis e assim, em silêncio, com doçura e muita sabedoria, perde uma ou outra batalha para ganhar a guerra. 

O livro, numa leitura contemporânea, serve para nos mostrar que o passado romântico é uma idealização que revela a própria inocência e/ou inabilidade de gerir o que acontece no presente. Vemos aqui e em tantos outros livros que as sociedades do passado também foram difíceis, cheias de hipocrisias, segredos, invejas, corrupções. Leia Shakespeare! Leia Os Miseráveis ou E o Vento Levou! Cada tempo e lugar teve sua cota de podridão e injustiças, não é verdade?

A Época da Inocência é um livro muito bem escrito, com uma história poderosa que nos dá uma amostra das dificuldades por que passava uma mulher numa sociedade que ela, inocentemente esperava acolhida - e que acolheu, quando ela se submeteu ao papel que lhe foi dado - nos mostra a importância de não criar ilusões sobre tempos passados (que talvez foram mais elegantes para uma pequena parcela) mas entender a própria capacidade de transformar a realidade, entender que ela pode ser modificada no presente, o que pode resultar em um futuro, quem sabe, mais decente. 

Martin Scorcese filmou A Época da Inocência na década de 1990, e afirmou que foi o filme mais violento que já havia feito. O elenco, com Daniel Day-Lewis, Winona Ryder e Michelle Pfeiffer, extraiu o brilho preciso das páginas de Edith (e eu lembro que passei uma semana chorando com aquele final, em mil novecentos e lalaland).

Recomendo muito a leitura e o filme de Scorcese. O primeiro, tem o selo LIVRÃO do Toca. O segundo, selo LENCINHOS KLENEEX do Toca. 


Beijos, 

Mariana Mendes 💖








quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Agenda do Toca da Leitura!

Olá!

Feliz Ano Novo para você também!

Muita gente anda me perguntando sobre a programação de leituras para 2020 do Toca da Leitura e eu, mui contente, ando pensando em como, aos pouquinhos, vamos fazendo diferença em alguns momentos das vidas de vocês, leitores. Isso é fantástico! Espero crescer e acessar mais pessoas que estão precisando desesperadamente de leituras construtivas e inspiradoras!

Há tempos queria fazer uma releitura dos livros de Jane Austen e acabei lançando o projeto onde vamos ler o trabalho da autora em ordem cronológica (e depois descobri que outros grupos literários já fizeram projeto semelhante), a partir de Fevereiro. Confira os livros que vamos ler:

Por ordem cronológica:

1º) Razão e Sensibilidade
2º) Orgulho e Preconceito
3º) Mansfield Park
4º) Emma
5º) A Abadia de Northanger* (publicação póstuma)
6º) Persuasão

7º) Lady Susan e Obras Inacabadas (Sanditon, Os Watsons)


 PROGRAMAÇÃO DO PROJETO JANE AUSTEN DO TOCA DA LEITURA:


Meses

Período de leitura: 
01 a 15 de cada mês (para os leitores fixos do Toca da Leitura)

Datas de Discussão

Fevereiro

Razão e Sensibilidade

23/02

Março

Orgulho e Preconceito

29/03

Abril

Mansfield Park

26/04

Maio

Emma


31/05

Junho

A Abadia de Northanger

28/06

Julho

Persuasão

26/07

 Agosto

Lady Susan e Obras Inacabadas

30/08


As discussões ocorrerão no último domingo de cada mês, por whatsapp (informações, entrar em contato por Direct com o @tocadaleitura


As outras leituras do Toca e as leituras do Clube de Leitores da livraria Leitura Teresina serão postadas em breve aqui e no @tocadaleitura, então, não vão perder nada! 

Bora participar desse projeto? O grupo será lançado oficialmente no dia 20 de Janeiro, via whatsapp! 
Vamos conversar sobre cronograma, regras e dinâmica das discussões. 
Espero você!


Beijos, 

Mariana Mendes 💖