Olá pessoal!
Esse mês conversei com uma das escritoras nacionais contemporâneas mais bacanas do universo Bookstagram, Camila Dornas.
Camila mora em Brasília, é casada e é formada em Letras. É professora de inglês e tem trabalhos como tradutora. Aos 16 anos, publicou seu primeiro livro, A Linhagem, pela editora Novo Século e aos 18, seu segundo livro, Subconsciente (tem resenha dele no @tocadaleitura, inclusive). Sempre de bom humor, Camila se descreve como uma "viajante, amante de café e eventual assassina de personagens".
Então, bora para o bate papo cultural do Toca!
1. Camila, o que te levou a ser escritora e como adaptou sua rotina para a escrita?
Sempre amei escrever. Os livros são um refúgio para quando as coisas ficam complicadas, e algo que sempre me trouxe alegria. Mas só decidi ser escritora por causa de uma professora que leu uma história minha e me incentivou a levar a escrita adiante. Hoje em dia, tento ter uma rotina bem definida. Escrevo pelo menos uma hora por dia, sem distrações.
2. Você estuda escrita? Que livro você indicaria para quem quer começar a escrever?
Estudo sempre. Acho que é uma parte essencial do trabalho como escritor e algo muito importante pra se aprimorar. Um livro que mudou a minha vida foi “Sobre a escrita” do Stephen King.
3. Qual livro te deu mais trabalho para escrever? É qual fluiu mais facilmente? Por que?
O livro mais trabalhoso que já escrevi foi Paraísos Selvagens. É um romance que se passa durante a Ditadura Militar no Brasil, e todo o trabalho de pesquisa foi extenso e complicado, pois tive que fazer entrevistas e me emocionei muito com todo o processo. O que fluiu mais facilmente foi O Violino Escarlate, meu lançamento de julho, porque foi uma história mais leve e mais gostosa de escrever.
4. Alguns leitores reclamam que você mata personagens sem dó! Como lidar com os apegos e desapegos nesse universo?
Eu? Matar? Eu sou um anjo (haha)
Acho que quando a morte do personagem é necessária para o enredo é mais fácil, mas juro que me emociono com cada morte e gosto de dar finais felizes, apesar de todas as maldades que faço com eles durante a história.
5. Os seus livros são marcados por personagens femininas fortes e bem posicionadas. Que mensagem você deseja passar ao seu público com elas?
Quero que cada um dos meus leitores veja nas minhas personagens femininas uma fonte de inspiração. Espero que elas possam passar pra vocês que tudo é possível, se você acreditar e estiver disposta a lutar pelos seus sonhos. Nada me motiva mais a escrever do que mulheres independentes e incríveis.
6. Se já recebeu, como lida com a crítica negativa? Já tem haters? Como lida?
Acho que nunca tive um hater, mas sempre há críticas. Geralmente encaro isso de maneira bem tranquila, pois acredito que é impossível um livro agradar a todos. Tem gente que odeia meu livro favorito, então se alguém não gosta de alguma de minhas obras, eu entendo e tento aprender com as críticas e focar nas pessoas que se apaixonaram pelas minhas histórias.
7. Muitas pessoas pensam que as personagens são facetas dos autores. O que você pensa sobre isso?
Acho que todos os personagens, principalmente os protagonistas, carregam em si um pouco do autor. É claro que há um limite pra isso, e os personagens são independentes e únicos. Um bom autor consegue criar personagens totalmente diferentes de si mesmo, e convencer o leitor que ele é quase real.
8. Como você trabalha a sua inspiração e criatividade e lida com bloqueios?
Busco inspiração em tudo: filmes, livros, séries, histórias que observo e escuto, e, é claro, nas minhas próprias experiências. Quando bate o bloqueio, geralmente absorvo produções artísticas no estilo que quero escrever, tiro um tempo para relaxar, passo um tempo com o maridão, e aos poucos o bloqueio some.
9. Que autores/as você mais admira e por que?
São tantos que é impossível escrever todos. Mas uma grande fonte de inspiração pra mim é o Mauricio Gomyde, um autor nacional de romances com uma narrativa que toca minha alma e diálogos imbatíveis. Também sou muito fã da Sarah J Maas pela construção de personagens impecáveis dela. Outros autores que admiro são: Renata Christiny, Samantha Holtz, Scott Fitzgerald, J.k Rowling e John Boyne.
10. Conte-nos sobre o seu recente lançamento e como está sendo a relação com a sua editora; o que mudou no seu trabalho a partir daí?
Estou adorando trabalhar com a The Books. A emoção de ter 100 Canções para Salvar sua Vida em mãos é inexplicável, e mal posso esperar para vê-lo chegar na casa de vocês. Acho que o que mais muda com o lançamento por editora é o alcance do seu trabalho. Muita gente prefere ler o físico, e não dá pra negar que é maravilhoso poder cheirá-lo, tê-lo na estante haha. (Confesso que a capa de 100 canções é minha favorita.) Vou dar um spoiler: Tem mais um lançamento chegando em julho, O Violino Escarlate, e a capa está perfeita.
(*A resenha de 100 Canções para Salvar sua Vida vai estar, em breve no @tocadaleitura! Aguardem! *)
Camila Dornas, muito obrigada por participar do Bate-Papo Cultural do Toca da Leitura! Fico muito feliz em poder mostrar mais do seu trabalho aos leitores da Toquinha!
Foi um prazer bater esse papo com você. Obrigada pela oportunidade e um beijo no coração de todos os leitores que vieram aqui me conhecer um pouquinho melhor. 💗
É isso, gente, espero que vocês tenham gostado da conversa. Fiquem atentos ao trabalho da Camila, porque é muito bom. Eu adorei a conversa, faz um tempão que a gente pensava em fazer esse bate papo e espero trazer outras novidades sobre o trabalho dela por aqui.
Um beijo,
Mariana Mendes 💖