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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Bate Papo com a Escritora Clarissa Vilar


Olá pessoal!


Recentemente conheci a escritora Clarissa Martins Cortez Vilar e bastaram algumas conversas para decidir fazer essa entrevista com ela por aqui e apresentá-la a vocês.

A Clarissa é piauiense e também é formada em Psicologia. Já trabalhou como colunista em um portal local mas desde 2015 vem trilhando o seu caminho no universo das Letras. Tem dois livros publicados, De outro olhar do coração (lançado em 2015) e Saudades Reembolsáveis (lançado em 2019) e o terceiro está no ponto para o lançamento!

Além de adorar escrever, ela me contou que adora Fotografia, adora viajar e sempre que pode, se aprimora, através da participação de oficinas de Crônica, o seu gênero favorito, pelo Brasil.

Então, bora para a entrevista!

Clarissa, o que te levou a escrever e quando decidiu escrever profissionalmente? Por que? 

Desde o tempo do colégio eu gostava muito de matérias como Literatura, Redação e Inglês. Em 2012, depois de vencer uma crise pessoal, eu recomecei a escrever. A faculdade de Psicologia foi um período muito "fértil" de idéias, muito interessante e rico em conhecimento, o que ajudou a ter vários temas para as crônicas.

Que legal! E ser formada em Psicologia te ajuda a escrever?

Sim, pois ao aprofundar o estudo sobre o comportamento humano, obtive um repertório maior de temas para escrever. Como a maioria das crônicas que escrevo remetem ao pensamento e comportamento humano.

Sempre ficamos curiosos para saber sobre o processo criativo dos autores. Conte para nós sobre o seu processo criativo! Você mantém uma rotina de escrita? 

Eu sou uma leitora voraz de crônicas. É o meu gênero preferido. Sempre procuro estar atenta às notícias e vou fazendo anotações de idéias para textos. Às vezes o texto demora para ser escrito, outras vezes acabo mais rápido. O que importa no final é sempre procurar inspiração e praticar a escrita.

E como foi a experiência de escrever Saudades Reembolsáveis e De outro Olhar do Coração? 

De outro olhar do coração foi meu primeiro livro, em 2015. Contém crônicas e alguns poemas. Foram três anos de muito trabalho. Procurei mentorias com professores conhecidos, já que não era formada em Letras, o que me ajudou a ter segurança no que fazia. A recepção do livro foi muito boa, o que me encorajou a escrever o segundo. Saudades Reembolsáveis levou quatro anos para ficar pronto. Foi um período em que amadureci mais a arte da crônica.

De onde vem a sua inspiração? Do quê você se alimenta para escrever?

Me inspiro em cenas do cotidiano, filmes, livros. Leio hoje livros voltados para espiritualidade, biografias e crônicas. A vida real me interessa mais. 


Você estuda escrita? Que autores indicaria para quem deseja adquirir maior conhecimento na área? 

Já fiz quatro cursos presenciais em São Paulo. Nesse mês, fiz um curso on-line do Rubens Pez. Tive professores como Fabrício Carpinejar e Marcelo Rubens Paiva. Centros literários como Barco e Escrevedeira são locais excelente para os amantes da leitura. Pena que aqui em Teresina não tenha locais assim.  

(Pena mesmo!)

Que tipos de gêneros literários você pensa em explorar nos próximos trabalhos? 

O meu terceiro livro é uma estória ilustrada sobre a saúde mental, mais voltado para o público adolescente. O quarto livro será de crônicas também, e está em andamento. 
E estou escrevendo minha autobiografia, que espero um dia lançar.

Já queremos ler todos! Clarissa, percebe-se a dificuldade do autor brasileiro, especialmente o independente, de chegar aos leitores e ser aceito como uma obra que mereça divulgação e venda. Quais são as maiores dificuldades que você enfrenta no processo de apresentar o seu trabalho para o mercado regional e nacional? 

Há um certo tempo atrás eu achava que o brasileiro  lia pouco. Hoje discordo. Creio que dependendo do gênero, há sim público. Nem todo mundo gosta de crônicas, é verdade. Mas felizmente há exceções! E as redes sociais são um grande motor de divulgação do trabalho de novos ou consagrados escritores. É um trabalho lento que exige perseverança.

(E nós, bookstagramers estamos no apoio, trabalhando não só na divulgação, mas na conscientização dos colegas da importância do conhecimento do trabalho do autor nacional, principalmente o independente, e na valorização do seu trabalho no mercado!)

Nas nossas conversas, percebi que você guarda um carinho especial pela crônica. De onde vem a preferência? Qual o seu cronista favorito?

O que me encanta na crônica é sua versatilidade e alcance. A crônica foi feita para estar no rodapé do jornal, mas ela resistiu ao tempo. É popular, tem humor, tem poesia. Ela tem vizinhos como a prosa poética, o poema, o conto. Rapidamente se tornou meu gênero preferido de ler e escrever. Propõe uma conversa fiada mas ao mesmo tempo com ressignificação. É uma delícia para os sentidos.

(Concordo totalmente!)

Pra fechar, conte para nós sobre o curso de Crônica que você está promovendo! 


Será um curso de dois dias, via Zoom, com exercícios práticos e leitura de grandes cronistas. Será aberta a todos os interessados. Creio que será bem legal.


Tenho certeza que sim! Gente, eu adorei o papo com a Clarissa Vilar e já aviso aos Toquinhas que fiquem ligados, pois nós fechamos uma parceria mara e vêm novidade para vocês! Aguardem!


Beijos, 


Mariana Mendes💖












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