Olá leitoras!
Hoje resolvi compartilhar com vocês
algo de positivo em meio ao caos produzido pelo CoVit19, popularmente chamado
de coronavírus, uma doença respiratória
aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave
2 (SARS-CoV-2).
Identificada pela
primeira vez em Wuhan, na República Popular da China, em 1 de dezembro de 2019, a doença se espalhou tão
rapidamente pela Europa, com um foco bastante visível na Itália, onde mais de
80.000 casos foram notificados e a mortalidade do público acima de 60 anos,
bateu recordes.
O mundo, então, se
uniu em quarentena e muita gente queima os neurônios sobre as circunstâncias em
que esse vírus nasceu (ou foi criado), qual o seu propósito, dentre outras
perguntas que só o tempo conseguirá responder. Porém, algumas pessoas
resolveram partir para o ataque - e muitas delas fazem parte do universo famoso
por sua (aparente) frivolidade: o fabuloso universo da moda.
Algumas fábricas,
sem ter como escoar a produção, por causa dos efeitos da quarentena e diante
das notícias de que as equipes de saúde dos hospitais de suas cidades e regiões
careciam dos materiais mais básicos durante o enfrentamento dessa doença,
resolveram mudar a estratégia, o foco e o público: ao invés de lojas,
hospitais; ao invés de roupas, aventais e máscaras; ao invés de consumidoras
desejosas de mostrar-se nas tendências fashionistas, profissionais de saúde que
estão centrados na linha de frente de atendimento aos pacientes que lutam pela
vida.
A iniciativa, a
princípio tímida, surpreendeu pela ousadia e inspirou dezenas de fábricas e
lojas, das menores às maiores, em toda parte do mundo, a dar a sua
contribuição. Diante da necessidade de oferecer a mínima proteção à população
mais carente, muitos estilistas e donos de fábricas de moda se voltaram para a
confecção de máscaras de tecido para distribuir em asilos, abrigos e bairros
onde há carência de toda forma.
Através da
sensibilização e divulgação deste trabalho, lojas de tecidos e materiais
necessários à confecção de máscaras e protetores, começaram um movimento de
doação desses materiais que encontrou eco nas dezenas de costureiras e lojas
que disponibilizaram o seu pessoal a ajudar na produção, voluntária, dos itens
tão necessários ao combate dessa praga.
Numa
extraordinária corrente do bem, uma rede de apoio se formou para levar aos
médicos, enfermeiras e demais profissionais de saúde que estão trabalhando nos
hospitais, lares de idosos, orfanatos e até mesmo grupos de apoio a bairros
carentes.
Recentemente o poderoso Grupo LVMH, proprietário das
marcas Dior, Fendi, Louis Vuitton e Givenchy, irá doar 40 milhões de máscaras
cirúrgicas para as autoridades de saúde da França, onde já há mais de 20 mil
casos de coronavírus confirmados. O grupo está utilizando ainda suas
plantas de produção de perfumes e cosméticos para a produção de álcool gel.
Zara e Mango,
marcas espanholas, também anunciaram suas doações. A primeira, com 300 mil
máscaras, e a segunda, mais 2 milhões. Além disso, também serão confeccionados
aventais cirúrgicos. As contribuições são para hospitais da Espanha, onde o
número de infectados pelo COVID-19 já passa de 40 mil, com quase 3 mil mortes.
Segunda maior cadeia de varejo do setor da moda
do mundo, a sueca H&M informou
que está adaptando sua linha de produção para atender à necessidade dos
profissionais de saúde da Europa, seja com máscaras ou aventais médicos.
Mais recentemente, as marcas do Grupo Kering, que tem em seu portfólio Gucci, Prada,
Balenciaga e Yves Saint Laurent, divulgaram sua contribuição. Depois de doar
máscaras para hospitais na Itália,
incluindo 1 milhão delas apenas para a região da Toscana, e para a Cruz
Vermelha, na China, agora será a vez de ajudar os franceses.
Apesar de todo o atropelo e mortes que o Co Vit19 vem causando, certamente ele nos trouxe um momento de pausa e reflexão sobre o que realmente importa. E, pelo menos no universo da moda, a lição parece ter dado frutos importantes.
Beijos,
Mariana Mendes 💖